Data:22/05/2020 - Professora: Gilda Mendes - Disciplina: História - Conteúdo: Conjuração Mineira e Conjuração Baiana

BOM DIA, ALUNOS HOJE ESTUDAREMOS MAIS DUAS REVOLTAS, ESSAS SÃO SEPARATISTAS TANTO A CONJURAÇÃO MINEIRA QUANTO A CONJURAÇÃO BAIANA LUTARAM PARA SE SEPARAR DO REINADO DE PORTUGAL, QUERIAM QUE A SUA CAPITANIA, SIM NESSA ÉPOCA AINDA NÃO EXISTIAM OS ESTADOS, QUERIAM QUE CADA CAPITANIA TIVESSE SEU PRÓPRIO GOVERNO, A PARTIR DESSAS REVOLTAS CONQUISTAMOS NOSSA INDEPENDÊNCIA ANOS MAIS TARDE.
CONJURAÇÃO MINEIRA




Inconfidência Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na província de Minas Gerais em 1789.
O movimento foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão por conta de uma delação.

Causas

A queda da produção de ouro que passou a ocorrer a partir de 1760, se agravava a cada ano, acentuando a pobreza da população.
Mesmo com a diminuição da extração do ouro, o sistema e o valor de cobrança dos quintos devidos à coroa, mantinha-se o mesmo.
Quando o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca de 1500 kg) anuais, era decretada a derrama. Esta consistia em cobrar da população, pela força das armas, a quantidade que faltava.
Apesar de ter sido decretada somente uma vez, sempre pairava a ameaça que a derrama poderia se tornar realidade e isso assustava tanto os exploradores de ouro como a população.
O custo de vida em toda a região ficava cada vez mais alto, pois tudo era comprado a prazo e com ouro. Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram a se endividar.
Com isso, deixaram de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de escravos que também foram arrastados para a crise.
Igualmente, o Alvará de 1785, agravou a situação. Esta lei determinava o fechamento de manufaturas locais, obrigando a população a consumir apenas produtos importados e de alto preço.
Também as ideias do Iluminismo que apregoavam temas de liberdade para os povos e questionar a ordem política vigente circulavam apesar da censura. Estas ideias foram trazidas por estudantes brasileiros que tinham realizado cursos superiores na Europa.
Não se pode esquecer, do conhecimento da Independência dos Estados Unidos, cujos colonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se libertado da Inglaterra. Isto animou a elite mineradora a conspirar contra a metrópole.

Os Inconfidentes: líderes da Inconfidência Mineira



Inconfidência Mineira
Os líderes da Inconfidência juram sobre a bandeira do movimento

Os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes proprietários ou mineradores, padres e letrados, como Cláudio Manuel da Costa. Oriundo de família enriquecida na mineração, havia estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial. Por sua parte, Alvarenga Peixoto era minerador e latifundiário.
Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-se ouvidor (juiz) em Vila Rica.
Francisco de Paula Freire, tenente coronel e comandante do Regimento dos Dragões, tropa militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente logo abaixo do governador.
Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro. Dotado de grandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante.
Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao povo.

Objetivos

Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para a capitania de Minas Gerais como:
  • Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei);
  • Criar indústrias;
  • Fundar uma universidade em Vila Rica;
  • Acabar com o monopólio comercial português;
  • Adotar o serviço militar obrigatório.
A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam a base para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais.


Bandeira da Inconfidência Mineira
Bandeira da Inconfidência Mineira com as cores da Revolução Francesa e um índio rompendo grilhões

A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o governo programara para 1788 e acabou suspendendo quando soube da conjuração.
Os planos dos inconfidentes foram frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde de Barbacena, para delatar o movimento.
Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona.
Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processado, todos os participantes foram perdoados ou condenados ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença, o corpo foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.

CONJURAÇÃO BAIANA



Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter separatista e popular, que ocorreu na Bahia em 1798. Seus principais objetivos eram: o fim do pacto colonial com Portugal, a implantação da República, a liberdade comercial no mercado interno e externo e a liberdade e igualdade entre as pessoas (eram favoráveis à abolição da escravidão).
A Conjuração Baiana, também chamada Inconfidência Baiana, foi um movimento de caráter separatista ocorrido no ano de 1798, na então Capitania da Bahia. Este movimento ficou conhecido também como a Revolta dos Alfaiates pois a grande maioria dos membros que participaram da revolta exerciam essa profissão.
Diferente da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, o movimento baiano possuía caráter popular, sendo composto, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras ocupações.

Causas

Em 1763, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Com tal mudança, Salvador, antiga capital, sofreu com a diminuição dos recursos designados à cidade. Juntamente, o aumento da taxa de impostos e exigências pioraram radicalmente as condições de vida da população local.
Com isso, a população de Salvador começou a sofrer com a falta de certos mantimentos, que consequentemente elevaram os preços dos produtos e alimentos fundamentais para a sobrevivência que estavam disponíveis. A população estava cada vez mais inconformada.
Além disso, o povo também não estava satisfeito com o governo de Portugal e a ideia do Brasil se tornar independente ganhava cada dia mais força na população.
Eventos como a independência dos Estados Unidos, a independência do Haiti e a Revolução Francesa acabaram ocasionando na capitania baiana a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade, causando euforia em uma pequena parcela de toda a população que residia em Salvador.

Objetivos da Conjuração Baiana

Os principais objetivos da Conjuração Baiana eram:
  • O fim do pacto colonial com Portugal, ou seja, tornar o Brasil um país independente;
  • Implantação de um regime republicano;
  • Liberdade comercial no mercado interno e externo;
  • Liberdade e igualdade entre as pessoas. Por isso, eram completamente a favor da abolição da escravidão e dos privilégios sociais;
  • Aumento do salários para militares.

Líderes da Conjuração Baiana



Os principais líderes da Conjuração Baiana foram:
  • Os alfaiates João de Deus do Nascimento Manuel Faustino dos Santos Lira;
  • O médico Cipriano Barata, conhecido como médico dos pobres e revolucionário de todas as revoluções;
  • Os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres, Luiz Gonzaga das Virgens;
  • O farmacêutico João Ladislau de Figueiredo;
  • O professor Francisco Barreto.

A Revolta

As ruas de Salvador foram tomadas pelos inconfidentes que distribuíram folhetos informativos a fim de obter mais apoio popular e incitar a revolução.
Os panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem, com base no que as autoridades portuguesas chamavam de “abomináveis princípios franceses”.

Confira um dos trechos de alguns desses panfletos:
Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais.

O Fim da Conjuração Baiana


O governador da Bahia D. Fernando José de Portugal e Castro, recebeu a denúncia, feita por Carlos Baltasar da Silveira, de que os conspiradores estariam reunidos em Campo de Dique, no dia 25 de agosto.
O coronel Teotônio de Souza foi encarregado pela Coroa portuguesa de flagrá-los. Muitas pessoas conseguiram fugir, mas 49 pessoas foram presas, entre elas três mulheres, nove escravos, porém a grande maioria era composta de alfaiates, barbeiros, soldados e pequenos comerciantes.
Os envolvidos na Conjuração Baiana que eram de classes sociais mais baixas tiveram condenações mais duras. Manuel Faustino, João de Deus Nascimento, Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas foram executados e esquartejados.
As partes de seus corpos foram espalhados pela cidade de Salvador, com o intuito de demonstrar autoridade e reprimir outros possíveis movimentos de conspiração.
ATIVIDADES

1 – No ano de 1789, dois acontecimentos importantes marcaram a História mundial e a História do Brasil: a Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira. Estabelecendo uma relação entre estes dois acontecimentos, podemos dizer que tiveram a mesma fonte de inspiração, fato que justifica a necessidade de conhecer a nossa história no contexto global. Sobre a Inconfidência Mineira, assinale o item correto:
a) Ela foi inspirada nas camadas mais pobres da colônia, exploradas pela metrópole.
b) Inspirou-se nos princípios do socialismo utópico de Sant-Simon, bem como nos ideais absolutistas defendidos pelos pensadores iluministas.
c) Ela inspirou-se no pensamento iluminista forte-mente difundido pela Europa, que pregava idéias de liberdade, igualdade e fraternidade.
d) Ela aconteceu devido à forte pressão exercida pela metrópole exigindo a emancipação política do Brasil.
e) A vitória dos inconfidentes transformou a região das Minas Gerais numa República, ainda que temporariamente.

2  – Quando se analisa a Inconfidência Mineira, é correto afirmar que:
a) recebeu influências do positivismo, introduzido em Minas Gerais por uma burguesia intelectual e alimentada por uma crise econômica.
b) revelou nuances de rebeldia contra os rigores da política fiscal metropolitana sobre a capitania das minas, executada pela Casa de Contratação.
c) apresentou caráter nativista, ideologicamente ali­mentado pelos princípios mercantilistas, difundidos pela maçonaria .
d) visava à independência da colônia e pretendia concretizar-se quando da cobrança dos impostos atrasados.
e) apresentou caráter separatista, visava à indepen­dência da colônia, mantendo a monarquia e a capital no Rio de Janeiro.
3 – Ao mesmo tempo em que se desenvolvia, em Portu­gal, uma política de reforma do absolutismo, surgiram conspirações na colônia. Elas estavam ligadas à novas idéias e a acontecimentos ocorridos na Europa e nos Estados Unidos, mas também à realidade local. A idéia de uma nação brasileira foi se definindo à medida em que setores da sociedade da colônia passaram a ter interesses distintos da metrópole ou a identificar nela a fonte de seus problemas. Uma dessas conspirações foi a Inconfidência Mineira. Sobre o grupo que organizou esse movimento, é correto dizer:
a) Era heterogêneo, de origem social variada, com idéias diferentes sobre as transformações sociais que o movimento deveria provocar.
b) Era um pequeno grupo de mineradores, pre­ocupados unicamente em não pagar mais impostos à metrópole, pois a extração do ouro tinha diminuído, e a Coroa continuava a cobrar o quinto.
c) Era um grupo homogêneo de intelectuais, inspira-dos no Iluminismo e no liberalismo da Revolução Americana.
d) Eram todos jovens, filhos da elite colonial, que tinham ido estudar na Europa.
4  – Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana: O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo, a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comér­cio, influenciou no Brasil a Inconfidência Mineira e a Inconfidência Baiana, porque:
a) cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil.
b) servia aos interesses de comerciantes holande­ses aqui estabelecidos que desejavam influir no governo colonial.
c) satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas diferenças econômicas e políticas.
d) apesar de expressar as aspirações de uma minoria da sociedade francesa, aqui foi adaptado pelos positivistas aos objetivos dos militares.
e) foi adotado por proprietários, comerciantes, pro­fissionais liberais, padres, pequenos lavradores, libertos e escravos como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema colonial.
5 – A Conjuração Baiana (1798) caracterizou-se por ser um movimento que:
a) teve participação popular, com vista à concretiza­ção de reivindicações sociais.
b) atraiu a burguesia conservadora, que não desejava a continuação do pacto colonial.
c) envolveu, predominantemente, grupos militares
influenciados pela Revolução Norte-Americana.
d) visava a impedir a crescente influência da maçona‑
ria na política de Portugal em relação ao Brasil.
e) criou condições favoráveis à concretização da
“inversão brasileira” (1808-21).
6 – A crise do sistema colonial foi influenciada pelas idéias da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. Nesse contexto, houve rebeliões planejadas pelas elites proprietárias de terras e pelas camadas populares no Brasil do final do século XVIII. A historiografia tradicional e a memória oficial dão ênfase à Inconfidência Mineira, movimento abortado, de caráter elitista, que não questionava a desigualdade social no Brasil Colônia. Já a história social, corrente historiográfica que enfatiza os movimentos sociais e discute os conflitos entre os diferentes projetos dos grupos sociais na formação da sociedade brasileira, dá maior ênfase à ________, um movimento que, em 1798, foi planejado por intelectuais, padres, soldados, alfaiates, mulatos e negros que pregavam o fim da escravidão, da carestia e dos privilégios do sistema colonial, tendo entre seus líderes Agostinho Gomes e Cipriano Barata.
a) Guerra dos Mascates
b) Rebelião de Felipe dos Santos
c) Revolta dos Cabanos
d) Conjuração Baiana
e) Revolta de Beckman
7 – Os principais movimentos que refletiram a crise do sistema colonial brasileiro tiveram vários pontos em comum, mas apenas um deles discutiu a abolição da escravatura e contava com a participação das camadas mais pobres.
Esse enunciado se refere à:
a) Inconfidência Mineira.
b) Sabinada.
c) Confederação do Equador.
d) Conjuração Baiana.
e) Cabanagem.

TERMINADA A NOSSA AULA COPIEM AS ATIVIDADES E ENVIE PARA O MEU PRIVADO. ATÉ A PRÓXIMA SEMANA FIQUEM TODOS COM DEUS.

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